“Minhocão, uma excrescência urbana que poderia ter sido demolido”, afirma o urbanista Mauro Calliari

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Caminhadas Urbanas

Espaços públicos, caminhadas e urbanidade.

A anacrônica obsessão de dar nomes de pessoas    

aos viadutos e pontes

Mauro Calliari *

  • Administrador de empresas e Mestre em Urbanismo.

Autor do livro “Espaço Público e Urbanidade em São Paulo

04 Janeiro 2018

Mais do que discutir se tal pessoa merece uma homenagem,

talvez seja hora de entender por que nossos representantes

continuam tão ligados numa coisa tão anacrônica.

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Viaduto Marisa Leticia. Foto: Estadão

     Marisa Leticia. Tom Jobim. Maria Maluf. João Goulart. Dona Paulina. Otavio Frias de Oliveira.Julio de Mesquita Filho. Presidentes, jornalistas, mães e mulheres de políticos, uma filantropa, um cantor.

     Por que alguém quereria virar nome de um viaduto, uma ponte, ou pior ainda, de um complexo viário? Afinal, essas coisas todas são normalmente de cor cinza, cheias de carro, poluídas, com “alças de acesso” e “vigas de sustentação”.

     Pois mesmo assim, descobrimos que a nossa valorosa Câmara dos Vereadores continua a querer homenagear as pessoas que morreram com a discutível honra de dar seus nome a viadutos, pontes e passagens subterrâneas.

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Viaduto Marisa Leticia. Foto: Estadão.

     Mais do que discutir se tal pessoa merece uma homenagem, talvez seja hora de entender por que nossos representantes continuam tão ligados numa coisa tão anacrônica.

     Toneladas de cimento, muitas vezes superfaturadas, que levam objetos de metal para lá e para cá não parece ser uma maneira contemporânea de homenagear alguém.

     Tom Jobim foi o poeta do amor, dos pássaros, da natureza. Quando jovem, nadava a Lagoa Rodrigo de Freitas de ponta a ponta. Qual é a razão para algum incauto prestar-lhe uma homenagem com uma passagem subterrânea no centro de São Paulo, destinada a melhorar o fluxo de carros entre a Prestes Maia e a Senador Queiroz?

     O viaduto Dona Marisa Leticia, outro exemplo, foi retratado hoje numa matéria do Estadão. Independente do discutível mérito da homenagem, o que se viu foi um viaduto inacabado, em que as pessoas são obrigadas a passar por cima de uma horrível mureta de concreto para poder atravessar.

     Viadutos estão sendo rediscutidos no mundo todo. No Rio de Janeiro, a Perimetral (que tinha o nome oficial de Juscelino Kubitschek) veio abaixo.

     Em Seul, um mega-minhocão foi destruído para dar lugar a um riozinho e um espaço público de primeira linha.

     Enquanto isso, aqui, o viaduto Otavio Frias de Oliveira, hoje transformado num surreal cartão postal da cidade, não permite sequer que uma pessoa ande sobre ele.

     Para não falar no Minhocão, uma excrescência urbana que poderia ter sido demolido em vez de ganhar novo nome, o do ex-presidente João Goulart, no ano passado.

     Já é hora de nossos representantes repensarem seus valores. (…)

http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/caminhadas-urbanas/

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Fórum dos leitores

O Estado de S.Paulo

27 Dezembro 2017 

MINHOCÃO

          A matéria “como o Minhocão me transformou em ativista acidental” dá visão equivocada e abstrai que o Minhocão – viaduto passando no meio de prédios residenciais, a 8 metros de altura, “sem as mínimas condições de segurança”, conforme Laudo Técnico do Corpo de Bombeiros – foi imposto à população na década de 70, pelo ex-Prefeito Paulo Maluf, gerando graves problemas de saúde, segurança, invasão de privacidade, incomodidade insuportável a milhares de moradores e degradando 4 importantes bairros centrais.

          Francisco Gomes Machado, diretor do MDM – Movimento Desmonte Minhocão, vice-presidente do Conseg – Conselho de Segurança – de Santa Cecília, Higienópolis, Barra Funda e Campos Elíseos [email protected]

São Paulo

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ATHOS, ATIVISTA ACIDENTAL

          Os direitos humanos constitucionais ao descanso, sossego, saúde e segurança são anteriores e mais importantes do que ao lazer.

          O fundador do “parque” Minhocão (que reconhece não morar na região) parece não saber dos problemas que nós moradores sofremos com esse elevado do Maluf.

          Os carros passam. As pessoas ficam e olhando para dentro dos apês, tiram fotos de nossa intimidade.

          Há cracolândia noturna. Sexo ao vivo. Um inferno. Sem falar na poluição atmosférica e sonora absurdas!

          Desmonte do Minhocão, já!

          Parque, sim, mas no chão.

          Marlene Klaiom da Silveira   [email protected]

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,forum-dos-leitores,70002131473

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FACEBOOK

https://www.facebook.com/groups/157092577826500/permalink/736974876504931/

Iza Marie Miceli
São Paulo

          Não sou a favor do fechamento do parque Minhocão com grades,porém, a má educação e falta de bom senso de alguns frequentadores me fazem repensar…

          Hoje, uma segunda-feira 00h57 da madrugada estão fazendo churrasco e ouvindo som alto!

          Total desrespeito aos vizinhos.

Comentários

Dulce Paviani

          Em todo lugar tem gente sem noção e educação.

Soraya Diniz Justo
          Denuncia para subprefeitura.
          Quem sabe teremos mais fiscalização.
          Afinal  “evento” é proibido e o barulho também.

Jorge Vaz Nande
          Nesse caso, a solução é simples: ligue para a polícia e faça queixa.

Aparecida Cardoso De Osa Cida Barbosa
          É um parque..

Tiago Candiani
          parques fecham às 22h…

Aparecida Cardoso De Osa Cida Barbosa
          Só no minhocão não tem limites..

Tiago Candiani
          liga para a policia 190

Estela Moreira Pimentel
          Sem respeito ao próximo nada vai pra frente….

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