Como esta cidade americana disse adeus
ao seu “Minhocão” e criou um novo parque gigante
Entre o planejamento e a abertura ao público,
o desenvolvimento do Waterfront Park demorou 15 anos — Foto: Getty Images
Intervenção urbana e paisagística
redefiniu a vista de uma antiga área industrial de Seattle
Redação
CASA VOGUE – 23/09/2025
Uma antiga área industrial e rodoviária da cidade norte-americana de Seattle, onde emergia uma construção muito similar ao viaduto “Minhocão” de São Paulo, o Alaskan Way, deu lugar recentemente a um parque de 8 hectares, batizado de Waterfront Park.
A iniciativa, que contou com investimentos público e privado de mais de US$ 800 milhões, aproximadamente R$ 4,2 bilhões, teve projeto desenvolvido pelo escritório de arquitetura e urbanismo Field Operations. Segundo informações do site da prefeitura de Seattle, a intervenção urbana e paisagística iniciou-se com a decisão de remover o antigo viaduto Alaskan Way para dar lugar a um espaço revitalizado e centrado nas pessoas.
Com a transformação, o espaço ganhou calçadas para pedestres, ciclovias, jardins, praias urbanas, píeres para eventos, píeres públicos comunitários, playgrounds, novas instalações de arte em locais públicos, banheiro público, espaços de lazer, entre outros equipamentos.
O desenvolvimento do Waterfront Park
O antigo viaduto Alaskan Way em foto tirada em 2008
— Foto: Rootologia/Wikimedia Commons
Entre o planejamento e a abertura ao público, o desenvolvimento do Waterfront Park demorou 15 anos. O projeto levou em consideração estratégias de sustentabilidade, que integram gestão de águas pluviais, infraestrutura verde e detalhes de construção feitos para durar. Além disso, representantes da comunidade e de tribos nativas foram ouvidos para a elaboração do parque.
De acordo com a prefeitura local, a cidade de Seattle coordenou com tribos nativas maneiras de homenagear a orla como terra natal dos povos ancestrais, o que resultou nas seguintes ações: proteger o habitat do salmão e o ambiente marinho; criar elementos de design que reflitam a história tribal, a arte e a cultura da orla; fornecer espaços de reunião que possam ser usados para celebrações tradicionais; coordenar a programação pública que celebra a história e a cultura tribal; além de incorporar plantas nativas.
Com a transformação, o espaço ganhou calçadas para pedestres, ciclovias, jardins, praias urbanas, píeres para eventos, playgrounds, entre outros – Foto: Getty Image
A organização sem fins lucrativos “Friends of Waterfront Park”, que foi uma das responsáveis pela arrecadação de fundos, e auxilia na administração e programação do parque, comemorou a abertura do local, o qual a associação diz que “serve como um convite à conexão com a água, com as montanhas, com a cidade e uns com os outros.”

