Jardim vertical pega fogo ao lado do Minhocão em São Paulo
Jardim vertical pegou fogo ao lado do Minhocão nesta quinta-feira,
em São Paulo; incêndio terminou sem vítimas, dizem bombeiros
24/08/2023
São Paulo — Um jardim vertical pegou fogo nesta quinta-feira (24/8) ao lado do Elevado João Goulart, o Minhocão, na região central de São Paulo. Os bombeiros foram chamados para apagar o incêndio às 9h34. (…)
Diretor de assuntos sociais do Movimento Desmonte do Minhocão (MDM), Artur Monteiro aponta uma série de problemas em relação aos jardins verticais, a começar pela falta de manutenção e da fiscalização — essa última caberia à Prefeitura de São Paulo.
Primeiro, segundo Monteiro, eles teriam sido construídos com dinheiro de um fundo de compensação ambiental, algo que não deveria ter ocorrido. “Olha como está a situação da Avenida 23 de Maio. Planta requer cuidado, depende do ser humano e isso não é compensação ambiental”, diz.
Monteiro também aponta que jardins foram instalados sem concordância unânime de moradores e que mesmo seguradoras não cobrem problemas ocorridos, porque se trataria de uma alteração de fachada.
O diretor do MDM diz que prédios precisariam ter hidrantes especificamente para lidar com esse tipo de incêndio, o que não ocorreu, bastando apenas a assinatura do síndico para aprovar a instalação.
Monteiro cita também os problemas sociais na região, com fogueiras feitas por pessoas em situação de rua, como um dos pontos que favorecem a ocorrência de incêndios. “Tudo ali é uma questão de pegar fogo. Os galhos ficam secos”, diz.
O que diz a prefeitura
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), afirma que o jardim vertical do Edifício Santa Cruz, que pegou fogo, tem a sua manutenção de responsabilidade do próprio prédio, uma vez que os Termos de Cooperação celebrados entre 2015 e 2016 com os sete jardins verticais construídos na região do Minhocão venceram; quatro deles inclusive já foram removidos. “O Edifício Santa Cruz foi o único que optou por manter o jardim e, a partir daí, assumiu toda a responsabilidade pela manutenção”, diz, em nota.
Segundo a administração municipal, os quatro primeiros jardins foram removidos pelo valor de R$ 1.077.490,08 e a contratação da empresa para a retirada dos jardins verticais dos edifícios Huds e Mackenzie (Alexandre Blackford), bem como a recuperação das fachadas, encontra-se em licitação, no valor de R$ 696.551,09.
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Último jardim vertical do Minhocão
é danificado em incêndio
25/08/2023
ESTADÃO CONTEÚDO Priscila Mengue e Tiago Queiroz
O último jardim vertical restante do corredor verde do Minhocão foi atingido por um incêndio nesta quinta-feira, 24, no centro da cidade de São Paulo. O fogo foi extinto e não há registros de feridos.
O painel artístico está na fachada lateral do Edifício Santa Cruz há oito anos, implantado durante uma parceria que envolveu artistas e a Prefeitura. Ao todo, sete prédios do Elevado Presidente João Goulart chegaram a receber intervenções verdes. (…)
Como o Estadão contou, a Prefeitura gastou quase R$ 2 milhões para a retirada das demais seis intervenções verdes desde 2020, após o encerramento dos termos de cooperação com os condomínios.
A remoção marcou o fracasso de um projeto que estimava chegar a 40 intervenções, mas que enfrentou problemas e foi enfraquecido nas últimas gestões municipais.
O Minhocão chegou a ter sete jardins verticais, com 3,5 mil m² de área verde e design elaborado por artistas visuais, instalados entre 2015 e 2016.
O corredor verde foi criado com R$ 4 milhões, em valores não corrigidos.
Quatro jardins foram retirados em 2020, por mais de R$ 1 milhão, após parte dos condomínios entrar na Justiça e reclamar da falta de apoio público para as despesas de manutenção, água e energia.
Os demais tiveram a remoção definida pela gestão Ricardo Nunes (MDB) em 2022, por R$ 657,2 mil.
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NR: sobre Jardins Verticais leia matéria publicada
Movimento Desmonte do Minhocão
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