Rio desmonta o Minhocão e atrai progresso, empregos e turismo. Em São Paulo, a perpetuação de área degradada?

I N F O R M A

Empresas começam a desembarcar

no Porto Maravilha

18/11/18 

Pollyanna Brêtas

          O movimento ainda é tímido, mas, aos poucos, os prédios construídos no Porto Maravilha começam a receber escritórios e empresas.

          Nos últimos meses, sete companhias anunciaram mudanças para a Região Portuária, entre elas Nissan, Bradesco Seguros, Fábrica de Startup e Granado. Serão quatro mil pessoas a mais circulando diariamente pelos bairros do Santo Cristo, da Gamboa e da Saúde.

           A expectativa é mais do que dobrar a movimentação na área até o ano que vem. Para Antonio Carlos Barbosa, presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp) — gestora da prefeitura na operação da região —, o processo é lento, mas um pouco mais consistente. (…)

           Entre as empresas que estão desembarcando na região, um dos destaques é a Bradesco Seguros, que comprou o Port Corporate — próximo à Rodoviária Novo Rio — e vai ocupar os 18 andares do edifício com três mil funcionários. A Tishman Speyer Brasil mudou-se para o prédio Aqwa Corporate, em frente à Cidade do Samba, com 15 empregados do Rio. A japonesa Nissan também levou seus 160 trabalhadores para um andar inteiro do mesmo empreendimento.

            — Achamos melhor implantar um projeto-piloto de escritório virtual no Porto, em um prédio novo e desenvolvido. Para isso, houve adequação da estrutura e implementação de uma nova forma de trabalhar. Foi o primeiro lugar na América Latina em que a Nissan implementou isso — disse Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil.

           A Granado levou mais de 200 funcionários à região.

           — Decidimos migrar para um edifício moderno, confortável e central. Além da qualidade e da infraestrutura, o preço era atraente, e a localização de fácil acesso, principalmente pelo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e por ser perto da Via Binário — disse Christopher Freeman, presidente da empresa. (…)

 

Cerca de 30 mil pessoas moram na área

 

          O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, anunciou, em agosto deste ano, que o governo federal pretendia firmar uma parceria com a Caixa Econômica Federal para a construção de cinco mil unidades do programa habitacional popular “Minha casa, minha vida” na Região Portuária do Rio. Hoje, 29.800 pessoas vivem na área, que tem capacidade para receber 400 mil moradores. (…)

 

          Para a Bradesco Seguros, o projeto de uma nova sede foi motivado pelo potencial da região e pela localização próxima às principais vias de acesso ao Rio — Avenida Brasil, Linha Vermelha e Ponte Rio-Niterói —, garantindo mobilidade.

 

Depoimento – Rilden Albuquerque, gerente de Desenvolvimento Econômico e Social da Cdurp

 

          – “Essa nova demanda vai atrair negócios para a região do Porto Maravilha. Acreditamos que surgirão novos restaurantes, academias, lojas e todos os tipos de serviços que os trabalhadores consomem. E isso é uma oportunidade incrível de geração de empregos para os moradores daqui. Aposto que as novas oportunidades vão se refletir no aumento da circulação de pessoas”.

https://extra.globo.com/noticias/economia/empresas-comecam-desembarcar-no-porto-maravilha-23242469.html

https://glo.bo/2QS2RdH

          NRo Porto Maravilha é a área onde antes passava o Minhocão (Perimetral) do Rio, que parte foi demolido e a outra parte desmontado e em seu lugar foi feito o moderno e turístico Boulevard Olímpico.

          NR: entre a perpetuação da estrutura decrépita e obsoleta e o progresso, os cariocas optaram pelo progresso.

          Assista ao vídeo e veja como vai sumindo o cinzento, o pardacento, o concreto, o asfalto e o feio  do Minhocão local (Perimetral) e vai surgindo o verde, com possibilidades inúmeras ,                        comércio, geração de empregos, desenvolvimento, turismo etc.

https://www.youtube.com/watch?v=pvjKn1bXW4w&t=40s

          E em São Paulo, a maior capital da América do Sul e em pleno século XXI, o que vemos?

          Como uma cicatriz medonha, cortando o rosto da cidade de São Paulo, o Minhocão vai a tudo degradando e poluindo ao longo de seus 2 kms e 800 metros.

          Os milhares de moradores tem de conviver com a “incomodidade insuportável” (expressão cunhada pelo Promotor de Urbanismo e Habitação do Ministério Público, Dr. César Martins), onde privacidade deles é violada e se sentem como animais num zoológico.

          Enquanto em grandes cidades do mundo, tais como Boston, Seul, Madrid, Montreal, Lyon, Barcelona, Vancouver, Los Angeles etc eliminam o pardacento e poluído Minhocão local,            dando lugar ao verde e reurbanização da área, em São Paulo, lamentavelmente o que temos é o que mostra as fotos acima.

 

 

 

 

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